sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sugestões de histórias com tapetes e aventais para a hora do conto

  
 O segredo da borboleta
NARRADOR: Deus criou todas as coisas. Ele criou as plantas, as aves, os peixes e também a lagarta. A nossa historia nos fala desses personagens. Então vamos imaginar que as plantas, as aves, os peixes e a lagarta conversam entre si. Esta lagarta é a Zazá. Ela mora num lindo pomar. Um dia, ela saiu para passear e conhecer melhor o lugar onde morava. Foi se arrastando e logo viu uma flor tão bonita, que subiu até suas pétalas.


ZAZÁ: Quem é você?
 ROSA: Ai! Ai! Você está me machucando! Eu sou a Rosa, rainha das flores!
ZAZÁ: Desculpe Rosa, eu vou descer! É que eu queria ver você de perto! Você é tão bonita e tem um perfume delicioso!
 ROSA: Obrigada Zazá, eu sou muito feliz porque Deus me fez assim! E sei que posso alegrar a todos com minha cor e o meu perfume.
 ZAZÁ: Pois eu sou triste. Eu queria tanto ser uma rosa igual a você! Mas sou assim, uma lagarta feia...

NARRADOR:Zazá continuou o seu passeio e logo depois viu uma margarida branquinha. E havia uma abelha zumbindo em volta da flor. Zazá subiu nas pétalas e começou a conversar com a abelhinha.
ZAZÁ: Olá abelhinha! Você está sempre de flor em flor, heim? Eu gostaria tanto de ser como você. Voar de um lado para o outro.
ABELHA: Eu não fico passeando, Zazá! Eu trabalho bastante! Apanho o néctar das flores para fazer mel, que é tão gostoso! Deus me fez assim. Eu sou feliz, porque posso ser útil.


NARRADOR: Bom dia, passarinho. Que canto bonito e que cores lindas você tem!
PASSARINHO: Obrigado, foi Deus que me fez assim e sou muito feliz desse jeito. E você?
 ZAZÁ: Ah! Eu sou triste! Não consigo ser feliz de jeito que sou. Infelizmente eu não posso voar. Só sei me arrastar no chão. Ainda por cima tenho essa cor tão feia

NARRADOR: Zazá foi rastejando e chegou perto de uma plantação de morangos bem vermelhos e maduros.
 Zazá: Que morangos bonitos! Devem estar deliciosos! E que linda cor! MORANGO: Olá Zazá, por que você está tão triste assim?
 NARRADOR: Zazá nem respondeu. Ela era tão infeliz, que todos percebiam só de olhar... Ela queria ter uma cor bonita, igual a do morango. E continuou o passeio....


NARRADOR: Logo passou perto de um lago. E viu um peixinho nadando, nadando...
 ZAZÁ: Oi peixinho, bom dia! Que cara boa você está hoje!
 PEIXE: É claro, todos os dias eu fico assim, porque sou feliz! Deus me fez assim. E você?
ZAZÁ: EU NÃO! EU SOU MUITO INFELIZ. ACHO QUE NÃO SIRVO PARA NADA! AGORA LICENÇA, PRECISO IR!

NARRADOR: Zazá continuou rastejando e subiu numa árvore. Ela estava com tanta fome... Resolveu parar e comer um pouco daquelas folhas tão macias e verdinhas.
 ZAZÁ: Que folhas bonitas! São tão verdes e gostosas!
ÁRVORE: Obrigada, Zazá! Fico tão contente por ser útil! As minhas folhas servem de alimento para tantos bichinhos como você e isto me faz feliz! NARRADOR: Zazá ficou ainda mais triste. Além de se sentir sem graça e feia, ela não sabia para que servia uma lagarta, por isso não era feliz... ih agora! Começou a chover!

ZAZÁ: Que chuva fria! Estou ficando toda molhada!
 NARRADOR: Zazá se ajeitou numa folha, sentiu vontade de se aquecer. Resolveu então tecer um casulo ao seu redor. Quando Zazá terminou o casulo, estava tão escuro, que ela não viu mais nada. Mas que bom, a chuva não a incomodava mais. Lá dentro do casulo estava quentinho e confortável. Ela estava muito cansada e foi logo dormir. Dormiu... dormiu e acordou. Zazá se esticou e resolveu sair do casulo, para ver o que havia lá fora!

ZAZÁ: Que lindo! Choveu bastante! Eu dormi tanto que nem vi a chuva! Que beleza, há tanto tempo não chovia. As plantas precisam de água, para ficarem bonitas e viçosas. Ih! Está tudo molhado... Quanta poça de agua! Como eu vou sair da minha casa?
 NARRADOR: Zazá olhou para a poça, viu o seu reflexo e....

ZAZÁ: O que aconteceu comigo?
NARRADOR: Zazá viu que não era mais um bicho rastejante, com aquela cor feia, mas era uma linda BORBOLETA! Então era para isso que ela servia.

ZAZÁ: Como Deus é bom! Agora eu sou uma borboleta! As minhas asas tem todas as cores que eu vi. Tem o rosa forte da Rosa, o amarelo, laranja e azul do Passarinhos, o vermelho do Morango e o verde da Arvore. Que lindas cores! E mais... ainda posso voar, voar...

NARRADOR: Sabem crianças, há muitas pessoas que são insatisfeitas como a lagarta, por isso são tão infelizes. Há muitos que ficam rastejando, não olham para cima e nem vêem como são importantes para o mundo. Deus criou o homem para que possa desfrutar de todas as coisas maravilhosas do mundo. Todos nós temos qualidades, habilidades e muitos dons. Basta descobri-los e colocá-los em ação para ser feliz e fazer a felicidade dos outros. Então, como a lagarta que começou uma nova vida, também podemos recomeçar a cada dia. VOCÊ É MARAVILHOSO (A) E MUITO IMPORTANTE PARA TODOS!
 O coelhinho que não era de Páscoa
Ruth Rocha


Vivinho era um coelhinho. Branco, redondo, fofinho.
Todos os dias Vivinho ia à escola com seus irmãos.
Aprendia a pular, aprendia a correr...
Aprendia qual a melhor couve para se comer.
Os coelhinhos foram crescendo,
chegou a hora de escolherem uma profissão.
Os irmãos de vivinho já tinham resolvido:
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu pai.
- Eu vou ser coelho de Páscoa, como o meu avô.
- Eu vou ser coelho de Páscoa como meu bisavô.
E todos queriam ser coelhos de Páscoa,
como o trisavô, o tataravô, como todos os avôs.
Só Vivinho não dizia nada.
Os pais perguntavam, os irmãos indagavam:
- E você Vivinho, e você?
- Bom – dizia Vivinho – eu não sei o que quero ser.
Mas sei o que não quero: Ser coelho de Páscoa.
O pai de Vivinho se espantou, a mãe se escandalizou e desmaiou:
- OOOOOHHHHH!!!
Vivinho arranjou uma porção de amigos:
O beija-flor Florindo, Julieta a borboleta, e a abelha Melinda.
- Onde é que já se viu coelho brincar com abelha?
- Os irmãos de Vivinho diziam.
Os pais de Vivinho se aborreciam:
- Um coelho tem que ter uma profissão.
Onde é que nós vamos parar com essa vadiação?
- Não se preocupem – Vivinho dizia
– estou aprendendo uma ótima profissão.
- Só se ele está aprendendo a voar – os pais de Vivinho diziam.
- Só se ele está aprendendo a zumbir – os irmãos de Vivinho caçoavam.

Vivinho sorria e saía, pula, pulando
para se encontrar com seus amigos.
O tempo passou. A Páscoa estava chegando.
Papai e Mamãe Coelho foram comprar os ovos para distribuir.
Mas as fábricas tinham muitas encomendas.
Não tinham mais ovinhos para vender.
Em todo lugar a resposta era a mesma:
- Tudo vendido. Não temos mais nada...
O casal Coelho foi a tudo que foi fabrica da floresta.
Do seu Antão, do seu João, do seu Simão, do seu Veloso, do seu Matoso,
do seu Cardoso, do seu Tônio, do seu Petrônio, seu Sinfrônio.
Mas a resposta era sempre a mesma:
- Tudo vendido seu Coelho, tudo vendido...
Os dois voltaram pra casa desanimados.
- Ora essa. Isso nunca aconteceu...
- Não podemos despontar as crianças...
- Mas nós já fomos a todas as fábricas. Não tem jeito, não...
Os irmãos do coelhinho estavam tristes:
- Nossa primeira distribuição... Ai que tristeza no coração!...
Vivinho vinha chegando com Melinda.
- Por que não fazemos os ovos nós mesmos?
- É que nós não sabemos.
Coelho de Páscoa sabe distribuir ovos. Não sabe fazer!
- Pois eu sei – disse Vivinho- Eu sei.
- Será que ele sabe? – disse o Pai?
- Ele disse que sabe – disseram os irmãos.
- Ele sabe, ele sabe – disse a mãe.
- E como você aprendeu? – perguntaram todos.
- Com meus amigos. Eu não disse que estava aprendendo uma profissão?
Pois eu aprendi a tirar o pólen das flores com Julieta e Florindo.
E Melinda é a maior doceira do mundo. Me ensinou a fazer tudo o que é doce...

A casa da família Coelho virou uma verdadeira fábrica.
Todos ajudavam: Papai Coelho, Mamãe Coelha e os coelhinhos...
e os amiguinhos também:florindo o beija-flor, a borboleta Julieta e
a abelha Melinda, a maior doceira do mundo.
E era Vivinho quem comandava o trabalho.
E quando a Páscoa chegou, estavam todos preparados.
As cestas de ovos estavam prontas.
E os pais de Vivinho estavam contentes.
A mãe de vivinho disse:
- Agora, nosso filho tem uma profissão.
E o pai de Vivinho falou:
- Cada deve seguir a sua vocação...


A história da Descoberta da Joaninha além de ser uma gracinha, trabalha vários valores.
Podemos discutir com as crianças a partir da história valores que estão explícitos no texto, como a amizade, a bondade, solidariedade e a simplicidade.A Dona Joaninha chegou pra contar uma história
As crianças esperam ansiosas para saber o que aconteceu na festa da D. Lagartixa Mas para ir a festa ela quer se arrumar, assim todos gostarão dela . Ela se enfeitou e levou até o leque para caso fivesse calor.  Mas ao chegar a festa, a Joaninha já estava sem acessório nenhum!!!Porque será???
Querem saber a história inteirinha???
Então, aí está...
A descoberta da joaninha
(Bella Leite Cordeiro)

Dona Joaninha vai a uma festa em casa da lagartixa. Vai ser uma delícia!
Todos os bichinhos foram convidados... Afinal chegou o grande  dia. O dia da festa na casa da Lagartixa.
Dona Joaninha está feliz. Quer ir muito bonita! Por que assim, todo mundo vai querer dançar e conversar com ela! E ela poderá se divertir a valer!
Por isso, colocou uma fita na cabeça, uma faixa na cintura, muitas pulseiras nos braços e ainda levou um leque para se abanar.
No caminho, encontrou Dona Formiga na porta de do formigueiro e disse:
- Bom dia Dona Formiga! Não vai à festa da lagartixa?
- Não posso minha amiga. Ontem fizemos mudança e eu não tive tempo de me preparar...
- Não tem problema! Tudo bem! Eu posso emprestar a fita que tenho na cabeça e você vai ficar linda com ela! Quer???
- Mas que legal Dona Joaninha! Você faria isso por mim?
- Claro que sim! Estou muito enfeitada! Posso dividir com você.
Tirou a fita de sua cabeça e a ofereceu para Dona Formiga que, feliz, decidiu ir à festa.
Lá se foram as duas. A formiga radiante com a fita na cabeça.
Mais adiante, encontraram Dona Aranha na sua teia fazendo renda.
- Oi! Aonde vão as duas tão bonitas?
- à festa da lagartixa! Você não vai???
- Sinto muito! Tive muitas despesas este mês e sem dinheiro não pude me preparar para a festa.
- Não seja por isso! Disse a Joaninha - Estou muito enfeitada! Posso bem emprestar as minhas pulseiras... Vão ficar lindíssimas em você!
Emprestou suas pulseiras, que ficaram lindas em Dona Aranha.
- Que maravilha! Disse a aranha entusiasmada – Sempre tive vontade de usar pulseiras em meus braços! Dona Joaninha, você é legal demais! Sabia?
As três, radiantes de felicidade, seguiram rumo à festa.
Um pouco adiante, encontraram a Taturana. Como sempre, estava morrendo de calor!
- Oi, Dona Taturana! Como vai?
- Mal! Muito mal com esse calor! Sabe que nem tenho disposição para ir à festa da Lagartixa.
- Ora! Mas para isso dá-se um jeito! Disse a Joaninha muito amável – Posso lhe emprestar o meu leque.
E lá se foi também a Taturana, muito alegre, se abanando com o leque, e encantada com a gentileza da amiga. Logo depois, deram de cara com a Minhoca. Que tinha colocado a cabeça pra fora da terra para tomar um pouco de ar.
- Dona Minhoca, não vai à festa? Disse a turminha ao passar por ela.
- Não dá, sabe? Eu trabalho demais! Quase não dá tempo pra comprar as coisas de que preciso.. E, agora, estou sem ter uma boa roupa boa pra vestir! Sinto bastante! Porque sei que a festa vai ser muito legal! Mas, que se há de fazer?...
- Ora, Dona Minhoca – Disse a Joaninha com pena dela – Dá-se um jeito... Posso emprestar a minha faixa e com ela você ficará muito elegante!
E emprestou a sua faixa à Minhoca que ficou muito elegante. E seguiu com as amigas para a festa.
Dona Joaninha estava tão feliz com a alegria das outras, que nem reparou ter dado tudo o que ela havia posto para ficar mais bonita. Mas, a alegria de seu coração aparecia nos olhos, no sorriso, e em tudo o que ela dizia! E isso a fez tão linda, mas tão linda que ninguém, na festa dançou e se divertiu mais do que ela!
Foi então que a Joaninha descobriu que para a gente ficar bonita e se divertir não precisa se enfeitar toda.
Basta ter o coração bem alegre que a alegria de dentro deixa a gente bonita por fora.
E ela conseguiu essa alegria fazendo todo aquele pessoal ficar feliz!!!
E até a próxima história...

 A lagartixa Flozo -   "O segredo da lagartixa"


Era uma vez uma lagartixa que morava numlindo jardim, seu nome era FLOZÔ...
FLOZÔ tinha uma linda caixa, e dentro da caixa tinha um segredo que ela não revelava para nimguém, nem mesmo pro Doutor do jardim, o Seu Besouro.



Os bichinhos do jardim viviam curiosos, mas Flozô não deixava ninguém chegar perto. Um dia o Dr. Besouro aconselhou:
- cuidado Flozô, você pode ficar paralizada de tanto ficar grudada em cima dessa caixa!

Certo dia quando acordou... estava paralizada... não conseguia se mexer, suas patas estavam grudadas na caixa.
Foi aí então que resolveu reunir os bichinhos do jardim e revelar o seu segredo.
Um a um dos bichinhos foi olhar o segredo de Flozô, e ficavam maravilhados... ficavam encantados!!!!!!
SABE O QUE FLOZÔ TINHA NA CAIXA????



ERA MUUUUUITO AMOR PRA DAR!!!!!



A  FAZENDA 

SORTE, O CAVALO

- SOU O MAIS FORTE DE TODA A FAZENDA!

- QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO AI? DEIXEM COMIGO!

- ESTÃO VENDO? SOU TÃO FORTE QUE POSSO FAZER SOZINHO!

-ENTÃO LEVE TODOS NÓS!

- AGORA SOU O ANIMAL MAIS  CANSADO DE TODA A FAZENDA!




FLORA, A OVELHA

- MÉÉ – BERROU A FLORA.
- QUE FLORES LINDAS!
- NÃO PASSE DA CERCA FLORA, QUE VOCÊ PODE COMER AS FLORES!

- EU AJUDO VOCÊ A PASSAR – DISSE O  GATO GENARO.

MAS FLORA NÃO PASAVA...
ENTÃO TODOS FICARAM CONTENTES!

...MENOS  O GATO GENARO QUE FICOU ABORRECIDO.




A GALINHA CAROLINA

- BOM DIA PESSOAL! O SOL JÁ RAIOU! – CANTOU O GALO!
- COCORICÓ!

MATEUS E CLARA RECOLHERAM OS OVOS PARA O CAFÉ-DA-MANHÃ. MAS CAROLINA ESCONDE UM.

A GALINHA CAROLINA CHOCA SEU OVO NO NINHO.

UMA TARDE, TODOS DA FAZENDA OUVEM O GALO CACAREJAR.

- ESTE É O MEU PINTINHO! DISSE ELE, FELIZ.




CHICO, O CACHORRO


CHICO CUIDA DAS OVELHAS E REUNE TODO O REBANHO.

BRINCA COM AS CRIANÇAS E COM A GALINHA CAROLINA.

O FAZENDEIRO ADORA A CAMPANHIA DO CHICO.

E PARA SEUS FILHOTES, ELE É UM PAIZÃO.

TODOS GOSTAM DELE.




ESTRELA, A VACA


SE O LEITE DERRAMOU...
COMECE TUDO DE NOVO!

MAS ESTRELA QUER BRINCAR.
MATEUS PR5OCURA POR ELA:

- ESTRELA, ONDE VOCÊ ESTÁ?

POR FIM, ENCONTRA ESTRELA NO MEIO DO PALHEIRO.

- E  AGORA SEJA BOAZINHA EME DEIXE TIRAR O SEU LEITE.



TITO,O PORQUINHO

- O QUE EU VOU FAZER HOJE? – PERGUNTA-SE TITO.

- PASTAR NO CAMPO COMO A VAQUINHA ESTRELA?

 - CORRER PELO CAMPO COMO O CAVALINHO SORTE?

- FICAR NO GALINHEIRO COMO A GALINHA GAROLINA?

- MELHOR BRINCAR NA LAMA: É MAIS DIVERTIDO!


A festa no céu
Entre os bichos da floresta, espalhou-se a notícia de que haveria uma festa no Céu.
Porém, só foram convidados os animais que voam.
As aves ficaram animadíssimas com a notícia, começaram a falar da festa por todos os cantos da floresta. Aproveitavam para provocar inveja nos outros animais, que não podiam voar.
Um sapo muito malandro, que vivia no brejo,lá no meio da floresta, ficou com muita vontade de participar do evento. Resolveu que iria de qualquer jeito, e saiu espalhando para todos, que também fora convidado.
Os animais que ouviam o sapo contar vantagem, que também havia sido convidado para a festa no céu, riam dele.
Imaginem o sapo, pesadão, não agüentava nem correr, que diria voar até a tal festa!
Durante muitos dias, o pobre sapinho, virou motivo de gozação de toda a floresta.
_ Tira essa idéia da cabeça, amigo sapo. – dizia o esquilo, descendo da árvore.- Bichos como nós, que não voam, não têm chances de aparecer na Festa no Céu.
_ Eu vou sim.- dizia o sapo muito esperançoso. - Ainda não sei como, mas irei. Não é justo fazerem uma festa dessas e excluírem a maioria dos amimais.
Depois de muito pensar, o sapo formulou um plano.
Horas antes da festa, procurou o urubu. Conversaram muito, e se divertiram com as piadas que o sapo contava.
Já quase de noite, o sapo se despediu do amigo:
_ Bom, meu caro urubu, vou indo para o meu descanso, afinal, mais tarde preciso estar bem disposto e animado para curtir a festa.
_Você vai mesmo, amigo sapo? - perguntou o urubu, meio desconfiado.
_ Claro, não perderia essa festa por nada. - disse o sapo já em retirada.- Até amanhã!
Porém, em vez de sair, o sapo deu uma volta, pulou a janela da casa do urubu e vendo a viola dele em cima da cama, resolveu esconder-se dentro dela.
Chegada a hora da festa,o urubu pegou a sua viola, amarrou-a em seu pescoço e vôou em direção ao céu
 
Ao chegar ao céu, o urubu deixou sua viola num canto e foi procurar as outras aves. O sapo aproveitou para espiar e, vendo que estava sozinho, deu um pulo e saltou da viola, todo contente.
As aves ficaram muito surpresas ao verem o sapo dançando e pulando no céu. Todos queriam saber como ele havia chegado lá, mas o sapo esquivando-se mudava de conversa e ia se divertir.
Estava quase amanhecendo, quando o sapo resolveu que era hora de se preparar para a "carona" com o urubu. Saiu sem que ninguém percebesse, e entrou na viola do urubu, que estava encostada num cantinho do salão.
O sol já estava surgindo, quando a festa acabou e os convidados foram voando, cada um para o seu destino.
O urubu pegou a sua viola e vôou em direção à floresta.
Voava tranqüilo, quando no meio do caminho sentiu algo se mexer dentro da viola. Espiou dentro do instrumento e avistou o sapo dormindo , todo encolhido, parecia uma bola.
- Ah! Que sapo folgado! Foi assim que você foi à festa no Céu? Sem pedir, sem avisar e ainda me fez de bobo!
E lá do alto, ele virou sua viola até que o sapo despencou direto para o chão.
A queda foi impressionante. O sapo caiu em cima das pedras do leito de um rio, e mais impressionante ainda foi que ele não morreu.
Nossa Senhora, viu o que aconteceu e salvou o bichinho.
Mas nas suas costas ficou a marca da queda; uma porção de remendos. É por isso que os sapos possuem uns desenhos estranhos nas costas, é uma homenagem de Deus a este sapinho atrevido, mas de bom coração.

                              Luís Câmara Cacudo



A Arara Cantora

de Sônia Junqueira

Aurora é uma arara. Ela vive na floresta. Aurora vive contente. Ela voa no meio das flores, brinca nos galhos das árvoes, come frutinhas gostosas!
Aurora é tão feliz, que vive cantarolando por ai: - Arara, Arara, Arara... Um dia Aurora resolveu! -Vou ser cantora! Aurora então, parou de voar, parou de brincar, comia só um pouquinho, começou a ensaiar... e não parava mais de cantar! - Arara, Arara, Arara! Aurora cantava grosso: - ARARA, ARARA, ARARA... Aurora cantava fininho: - araaaara, araaara, araaaaara Aurora cantava abaixo de sol.
Aurora cantava a noite toda.... Até na chuva Aurora cantava: -Arara, Arara, Arara! Os animais da floresta já não aguentavam mais a cantoria, estavam nervosos, não sabiam o que fazer para Aurora sossegar!

Passou o dia, a noite, a chuva...e outro dia e outra noite quando ao amanhecer, Aurora bateu sua lindas asas coloridas e pensou, vou cantar, mas a surpresa foi enorme... Quando Aurora abriu o bico, saiu um som esquisito! - Orronco, orronco, orronco! Nossa! Aurora de tanto cantar ficou rouca! A bicharada ficou contente, e cantou alegremente: - A Aurora cantou tanto! A turma quase ficou louca! Mas agora, que coisa boa... A Aurora ficou ROUCA! E a partir daquele dia a floresta voltou a ter a tranquilidade de sempre!


HISTÓRIA A MAGIA DO ALFABETO
NO CASTELO ENCANTADO DA FADA ROSA MORAVAM TODAS AS LETRAS DO ALFABETO. VIVIAM FELIZES E BRINCAVAM MUITO.
UM DIA A FADA AZUL DO CASTELO DOS NÚMEROS CONVIDOU AS LETRAS PARA UMA FESTA, MAS A FADA ROSA NÃO DEIXOU ELAS IREM PORQUE IRIA CHOVER.
ALGUMAS SAIRAM ESCONDIDAS E FORAM À FESTA, E OUTRAS FICARAM (AS VOGAIS). QUANDO VOLTAVAM, CAIU UMA TEMPESTADE COM RAIOS E TROVÕES. UM RAIO CAIU NA LETRA H E ELA FICOU MUDA, AS OUTRAS LETRAS FICARAM MUITO ASSUSTADAS.
AO CHEGAREM NO CASTELO, LEVARAM UMA BRONCA DA FADA ROSA QUE LHES DEU UM CASTIGO: NUNCA MAIS TERIAM SOM PRÓPRIO, SEMPRE TERIAM QUE TER UMA VOGAL ACOMPANHANDO-AS. E ASSIM FOI QUE SURGIU AS VOGAIS E CONSOANTES. 
 O MACAQUINHO DANADO

O MACAQUINHO DANADO ESTAVA TRISTE NA FLORESTA. A BORBOLETA QUE PASSAVA POR ALI VIU O MACAQUINHO TRISTE E PERGUNTOU PARA ELE:
- O QUE HOUVE MACAQUINHO QUE VOCÊ ESTÁ TÃO TRISTE? POSSO AJUDÁ-LO?
- ESTOU PERDIDO! – RESPONDEU O MACAQUINHO. – QUERO A MINHA MÃEZINHA!
A BORBOLETA MUITO GENTIL FALOU:
- VOU AJUDÁ-LO! COMO ELA É?
O MACAQUINHO RESPONDEU:
- ELA É GRANDE!
A BORBOLETA SAIU VOLANDO A PROCURA DA MÃEZINHA DO MACAQUINHO E LOGO VOLTOU.
- AQUI ESTÁ ELA! (  O ELEFANTE)
O MACAQUINHO OLHOU E FALOU:
- NÃO! ESSA NÃO É MINHA MÃEZINHA! MINHA MÃEZINHA É MAIS PELUDA!
- HÁ! VOCÊ NÃO ME FALOU QUE ELA ERA PELUDA. ENTÃO VOU PROCURAR DE NOVO.
E SAIU VOANDO A PROCURA DA MÃEZINHA DO MACAQUINHO.
LOGO VOLTOU E FALOU:
- AQUI ESTÁ SUA MÃEZINHA! ( A ARANHA)
O MACAQUINHO OLHOU E FALOU:
- NÃO ESSA NÃO É MINHA MÃEZINHA! MINHA MÃEZINHA ESTÁ SEMPRE EM CIMA DAS ÁRVORES!
A BORBOLETA FALOU:
- HÁ! ENTÃO É FÁCIL! – SAIU VOANDO E LOGO VOLTOU.
- AQUI ESTÁ A SUA MÃEZINHA! ( A ARARA)
O MACAQUINHO OLHOU E FALOU:
- ESSA NÃO É MINHA MÃEZINHA! MINHA MÃEZINHA ESTÁ SEMPRE PERTO DO LAGO.
- HÁ! ENTÃO É FÁCIL! – FALOU A BORBOLETA- SAIU VOANDO E LOGO VOLTOU:
- AQUI ESTÁ A SUA MÃEZINHA! (SAPO)
O MACAQUINHO OLHOU E FALOU:
- ESTÁ NÃO É MINHA MÃEZINHA! MINHA MÃEZINHA SE  PARECE COMIGO!
A BORBOLETA ENTÃO FALOU:
- MAS VOCÊ NÃO ME FALOU QUE ELA SE PARECE COM VOCÊ!
ENTÃO É FÁCIL! – A BORBOLETA SAIU VOANDO E LOGO VOLTOU.
- AQUI ESTÁ SUA MÃEZINHA! ( MACACO)
O MACAQUINHO OLHOU E FALOU:
- MAS ESSA NÃO A MINHA MÃEZINHA!
LOGO APARECEU A DONA MACACA E ABRAÇOU O MACAQUINHO. OGO VOLTOU.
RBOLETA ENT
 FALOU:
 E LOGO VOLTOU:
 A N OLHOU E FALOU:
RAUDO. SSO. M:
 VOLTOU.
 M. ! - RESPONDEU ÃOP]RISTE E PERGUNTOU PARA ELE:

SE AS COISAS FOSSEM MÃES
Sylvia Orthof


e a lua fosse mãe, seria mãe das estrelas,
O céu seria sua casa, casa das estrelas belas.


e a sereia fosse mãe, seria mãe dos peixinhos,
O mar seria um jardim e os barcos seus caminhos.

e a casa fosse mãe, seria a mãe das janelas,
Conversaria com a lua sobre as crianças-estrelas,
Falaria de receitas, pastéis de vento, quindins,
Emprestaria a cozinha pra lua fazer pudins!


e a terra fosse mãe, seria mãe das sementes,
pois mãe é tudo que abraça, acha graça e ama a gente.

e uma fada fosse mãe, seria a mãe da alegria.
Toda mãe é um pouco fada... Nossa mãe fada seria.


e uma bruxa fosse mãe, seria mamãe gozada:
Seria a mãe das vassouras, da Família Vassourada!
e a chaleira fosse mãe, seria a mãe da água fervida,
Faria chá e remédio para as doenças da vida.

e a mesa fosse mãe, as filhas, sendo cadeiras,
Sentariam comportadas, teriam “boas maneiras”.


ada mãe é diferente:
Mãe verdadeira, ou postiça, mãe-vovó, mãe titia,
Maria, Filó, Francisca, Gertrudes, Malvina, Alice,
toda mãe é como eu disse.

ona Mamãe ralha e beija,
Erra, acerta, arruma a mesa, cozinha, escreve, trabalha fora,
Ri, esquece, lembra e chora, traz remédio e sobremesa.


em até pai que é “tipo-mãe”...
Esse, então, é uma beleza
A galinha ruiva


Um dia uma galinha ruiva encontrou um grão de trigo.
- Quem me ajuda a plantar este trigo? - perguntou aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu planto sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Logo o trigo começou a brotar e as folhinhas, bem verdinhas, a despontar. O sol brilhou, a chuva caiu e o trigo cresceu e cresceu, até ficar bem alto e maduro.
- Quem me ajuda a colher o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu colho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.
- Quem me ajuda a debulhar o trigo? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu debulho sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez.
- Quem me ajuda a levar o trigo ao moinho? - perguntou a galinha aos seus amigos.
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu levo sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
E foi isso mesmo que ela fez. Quando, mais tarde, voltou com a farinha, perguntou:
- Quem me ajuda a assar essa farinha?
- Eu não - disse o cão.
- Eu não - disse o gato.
- Eu não - disse o porquinho.
- Eu não - disse o peru.
- Então eu asso sozinha - disse a galinha. - Cocoricó!
A galinha ruiva assou a farinha e com ela fez um lindo pão.
- Quem quer comer esse pão? - perguntou a galinha.
- Eu quero - disse o cão.
- Eu quero - disse o gato.
- Eu quero - disse o porquinho.
- Eu quero - disse o peru.
- Isso é que não! Sou eu quem vai comer esse pão! - disse a galinha. - Cocoricó.
E foi isso mesmo que ela fez.
Se queremos dividir a recompensa, devemos compartilhar o trabalho.

 Avental  de Historia 

A ARCA DE NOÉ
A bíblia conta-nos a história de um homem chamado Noé, que era justo e íntegro entre o povo. Noé era amigo de Deus e por isso foi avisado por Deus, de que um dilúvio iria vir sobre a terra, pois a terra estava cheia de pessoas muito más que só faziam aquilo que era errado aos olhos de Deus.
Deus disse a Noé: « Noé, decidi que este pecado na terra tem de terminar, por isso quero que faças uma arca de tábuas de cipreste, e nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora, a medida da arca será de trezentos côvados de comprimento, cinquenta de largura e trinta de altura, farás ao redor da arca uma abertura de um côvado de altura, a porta da arca vais colocá-la de lado, farás também pavimentos na arca, um em baixo, depois um segundo e um terceiro.
Porque Eu vou derramar água sobre esta terra, para consumir todos os pecadores que não temem o meu nome. Tu, porém serás salvo, tu e a tua casa, e assim farás, de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca, para que sejam conservados vivos, junto de ti, das aves também levarás contigo segundo a espécie, do gado segundo a espécie, de todo o réptil segundo a espécie, dois de cada entrarão contigo naquela arca. Leva contigo tudo o que se come, para te alimentares a ti e á tua família e aos amimais. »
E assim fez Noé como Deus lhe tinha ordenado. Mas Noé como era um homem bom, falou a todas as pessoas daquela terra acerca daquilo que iria acontecer, mas as pessoas não acreditaram nele e riam-se dizendo:
« O velho Noé está maluco, pois anda por aí dizendo que Deus vai mandar chuva á terra, e nós temos que nos arrepender dos nossos pecados e respeitar Deus, ah!ah!ah! Isso é que era
Descrição: http://2.bp.blogspot.com/_wVpt0ZlvYzA/SPQDLa9G4vI/AAAAAAAABeU/J_BEoZCPde4/s400/crbst_hist-noe-3-60.jpg bom! Nós nunca vimos chover na terra, como é que ele diz que vai chover? Não acreditamos nisso, o velho Noé está maluco. »
E Noé continuou a trabalhar na arca e a falar acerca daquilo que iria acontecer. Durante cento e trinta anos ele falou e falou ..., mas ninguém lhe deu ouvidos. Finalmente chegou o dia em que a arca ficou pronta e disse Deus a Noé: « Noé entra na arca tu e toda a tua casa, porque tens sido um homem justo e fiel diante de mim, é chegada a hora, pois este povo teve cento e vinte anos para se arrepender e não o fez, agora tenho que fazer vir a chuva sobre a terra, leva a tua família e os animais que eu te ordenei que ajuntasses e entra na arca. »
E o Noé entrou na arca e assim que ele entrou começaram a cair gotas de água na terra, ...ping...ping...ping. Cada vez a chuva caia com mais força e quando o povo da terra viu a chuva a cair começaram a correr para o cimo do monte onde Noé tinha construído a arca, e começaram a gritar:
« Noé abre-nos a porta! Agora acreditamos que aquilo que falavas é verdade, deixa-nos entrar! Mas Noé tristemente respondeu-lhes: « Mesmo que eu quisesse abrir-vos a porta não poderia, pois O Senhor Deus fechou a porta por fora e nós não podemos abri-la.»
A chuva caiu na terra durante quarenta dias e quarenta noites sem parar, até que inundou toda a terra. Então Deus fez soprar um vento sobre a terra e as águas baixaram, a chuva parou.
Quarenta dias depois da chuva ter parado, o Noé abriu uma janela da arca e soltou um corvo, mas o corvo não encontrando lugar para pousar voltou para a arca, então Noé soltou uma pomba e a pomba quando voltou trazia consigo um ramo de oliveira, que era um sinal de que as águas tinham baixado.
Deus abriu a arca e Noé saiu com a sua família e todos os animais.
Então Deus falou com Noé e disse: « Agora quero que te multipliques nesta terra e que cuides dela, e prometo que a terra jamais será destruída por água, e para saberem que aquilo que falo é verdade, colocarei no céu o sinal da minha promessa, nas nuvens colocarei o meu arco e esse arco será o sinal da minha promessa, quando cair chuva sobre a terra então logo aparecerá esse arco, que se estenderá sobre a terra. Porque Eu sou Deus. » Génesis 6:1
Assim foi, o arco - Íris que vemos hoje depois da chuva é o arco que Deus colocou no céu como sinal de que Ele é um Deus fiel e verdadeiro.
Desejo que tenhas gostado da história de Noé, ela é um exemplo para a nossa vida de como devemos viver de uma forma agradável a Deus. Para que O Senhor não envie " chuva " para a nossa terra. 

Chapeuzinho Amarelo de Chico Buarque
“Era a Chapeuzinho Amarelo.
Amarelada de medo.
Tinha medo de tudo, aquela Chapeuzinho.
Já não ria.
Em festa, não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada, e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.
Tinha medo de trovão.
Minhoca, pra ela, era cobra.
E nunca apanhava sol, porque tinha medo da sombra.
Não ia pra fora pra não se sujar.
Não tomava sopa pra não ensopar.
Não tomava banho pra não descolar.
Não falava nada pra não engasgar.
Não ficava em pé com medo de cair.
Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo.
Era a Chapeuzinho Amarelo…
E de todos os medos que tinha
O medo mais que medonho era o medo do tal do LOBO.
Um LOBO que nunca se via,
que morava lá pra longe,
do outro lado da montanha,
num buraco da Alemanha,
cheio de teia de aranha,
numa terra tão estranha,
que vai ver que o tal do LOBO
nem existia.
Mesmo assim a Chapeuzinho tinha cada vez mais medo do medo do medo do medo de um dia encontrar um LOBO.
Um LOBO que não existia.
E Chapeuzinho amarelo,
de tanto pensar no LOBO,
de tanto sonhar com LOBO,
de tanto esperar o LOBO,
um dia topou com ele
que era assim:
carão de LOBO,
olhão de LOBO,
jeitão de LOBO,
e principalmente um bocão
tão grande que era capaz de comer duas avós,
um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz…
E um chapéu de sobremesa. 
Mas o engraçado é que,
assim que encontrou o LOBO,
a Chapeuzinho Amarelo
foi perdendo aquele medo:
o medo do medo do medo do medo que tinha do LOBO.
Foi ficando só com um pouco de medo daquele lobo.
Depois acabou o medo e ela ficou só com o lobo.
O lobo ficou chateado de ver aquela menina olhando pra cara dele,
só que sem o medo dele.
Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo,
porque um lobo, tirado o medo, é um arremedo de lobo.
É feito um lobo sem pÊlo.
Um lobo pelado.
O lobo ficou chateado.
Ele gritou: sou um LOBO!
Mas a Chapeuzinho, nada.
E ele gritou: EU SOU UM LOBO!!!
E a Chapeuzinho deu risada.
E ele berrou: EU SOU UM LOBO!!!!!!!!!!
Chapeuzinho, já meio enjoada, com vontade de brincar de outra coisa.
Ele então gritou bem forte aquele seu nome de LOBO umas vinte e cinco vezes,
Que era pro medo ir voltando e a menininha saber com quem não estava falando:
LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO BO LO
Aí, Chapeuzinho encheu e disse:
“Pára assim! Agora! Já! Do jeito que você tá!”
E o lobo parado assim, do jeito que o lobo estava, já não era mais um LO-BO.
Era um BO-LO.
Um bolo de lobo fofo, tremendo que nem pudim, com medo de Chapeuzim.
Com medo de ser comido, com vela e tudo, inteirim.
Chapeuzinho não comeu aquele bolo de lobo, porque sempre preferiu de chocolate.
Aliás, ela agora come de tudo, menos sola de sapato.
Não tem mais medo de chuva, nem foge de carrapato.
Cai, levanta, se machuca, vai à praia, entra no mato,
Trepa em árvore, rouba fruta, depois joga amarelinha,
Com o primo da viz inha, com a filha do jornaleiro,
Com a sobrinha da madrinha
E o neto do sapateiro.
Mesmo quando está sozinha, inventa uma brincadeira.
E transforma em companheiro cada medo que ela tinha:
O raio virou orrái;
barata é tabará;
a bruxa virou xabru;
o tubarão virou Barao-tu;
O bicho papão virou pão bicho
E os monstros são tronsmos.




   
 CACO, O MACACO

ERA UMA VEZ UM MACAQUINHO. SEU NOME ERA CACO, CACO O MACACO, SEUS AMIGOS O CHAMAVAM ASSIM.
CACO TINHA OS BRAÇOS LONGOS E FININHOS E AS PERNAS TAMBÉM ERAM LONGAS E FINAS, MAIS COMPRIDAS QUE OS  BRAÇOS. MAS O RABO DO  MACACO CACO ERA FININHO  E LONGO, MUITO LONGO.
CACO MORAVA EM UMA ÁRVORE.
UM DIA ELE SE CANSOU  DE SUA ÁRVORE  E FOI PROCURAR OUTRO LUGAR  PARA MORAR. VAMOS VER O QUE ACONTECEU:
VAMOS VER O QUE ACONTECEU?
CACO AVISTOU UM LUGAR  QUE LHE PARECIA  BOM E LÁ FOI ELE.
“ ESSE LUGAR É ASPERO DEMAIS”, RESMUNGOU O MACACO . E FOI PARA OUTRO LUGAR.
“ AH! ESSE LUGAR AINDA  ÁSPERO”. E CONTINUOU  A SUA BUSCA.
“ESSE LUGAR É MUITO FOFO” PROSSEGUIU RECLAMANDO.
E  TENTOU NOVAMENTE.
“ QUE LUGAR  ESTRANHO, NÃO GOSTEI”.
DEPOIS DE MUITO PROCURAR, O MACACO CACO CHEGOU À SEGUINTE CONCLUSÃO:
“NÃO HÁ LUGAR MELHOR PARA MORAR DO QUE A MINHA VELHA ÁRVORE!” O SEU LAR.
E VOLTOU DEPRESSA PARA O SEU LUGAR.



AUTORA: SELMA RUSSO


 A MENINA E O LEITE

LÁ VINHA A MENINA ANDANDO E, SOBRE A SUA CABEÇA, UM POTE CHEIO DE LEITE EQUILIBRANDO. VINHA SONHANDO, FAZENDO  PLANOS PARA O DINHEIRO  COM O QUAL ESTAVA CONTANDO. FALAVA SOZINHA:
AH, VENDENDO O LEITE  TODINHO, NUM INSTANTINHO, COMPRAREI GALINHAS, TEREI MUITOS OVOS E CENTENAS DE PINTINHOS. PROTEGEREI OS PEQUENOS ACIMA DE QUALQUER COISA, ATÉ MESMO  DA TERRÍVEL RAPOSA.
O SONHO A ACOMPANHAVA PELO CAMINHO. PENSOU, TAMBÉM  EM COMPRAR UM BELO PORQUINHO, QUE LHE RENDERIA UM BOM  DINHEIRINHO. NADA  A IMPEDIRIA  DE  COMPRAR  UMA  VACA QUE LHE DESSE UM BEZERRO. JÁ SE SENTINDO   UMA FAZENDEIRA ABASTADA, SEM OLHAR POR ONDE ANDAVA, TROPEÇOU EM UMA PEDRA E DO LEITE NÃO SOBROU  NADA.
LÁ SE FORAM TODOS  OS SONHOS DERRAMADOS PELO CHÃO. A MENINA DEVE TER  APRENDIDO  QUE SONHAR É BOM, MAS HÁ SURPRESAS  NO CAMINHO E, ÀS VEZES , ATÉ ESPINHOS. É  PRECISO PRUDÊNCIA E MUITA  ATENÇÃO, E O MAIS IMPORTANTE: NÃO DESISTIR DOS SONHOS E NÃO  LAMENTAR O LEITE JÁ DERRAMADO.
 JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO

Era uma vez um menino chamado João, que vivia com sua mãe, uma pobre viúva, numa cabana bem longe da cidade.
Um dia, a mãe de João disse: - Joãozinho, acabou a comida e o dinheiro. Vá até a cidade e venda a nossa vaquinha, o único bem que nos resta.
João foi para a cidade e, no caminho, encontrou um homem que o convenceu a trocar a vaquinha por sementes de feijão. O homem disse:
- Com estas sementes de feijão jamais passarão fome. - João acreditou e trouxe as sementes para casa. Quando a mãe de João viu as sementes, ficou furiosa. Jogou tudo pela janela.

Na manhã seguinte, João levantou com muita fome e foi até o quintal. ficou espantado quando viu uma enorme árvore que ia até o céu. Nem chamou sua mãe. Decidiu subir pelo pé de feijão até chegar à copa.

João ficou maravilhado ao encontrar um castelo nas nuvens e quis vê-lo de perto. De repente, uma mulher enorme surgiu de dentro do castelo e o agarrou: - O que faz aqui, menino? Será o meu escravo. Mas o gigante não pode saber, por isso, vou escondê-lo. Se ele ver você, com certeza vai comê-lo.
O gigante chegou fazendo muito barulho. A mulher havia escondido joão num armário. O gigante rugiu:
- Sinto cheiro de criança! E farejou em todos os cantos à procura de uma criança que estivesse escondida ali. A mulher adiantou-se e respondeu para o gigante: - Este cheiro é da comida que irei serví-lo. Sente-se à mesa, meu senhor.
O gigante comeu o saboroso alimento. Depois, ordenou à uma galinha prisioneira que pusesse um ovo de ouro, e a uma harpa que tocasse uma bela melodia. Então, o gigante adormeceu em poucos minutos.
Vendo que a mulher havia se esquecido dele, João saiu do armário e, rapidamente, libertou a galinha e também a harpa. Mas a galinha cacarejou e a harpa fez um som estridente. Por isso, o gigante despertou.

Com a galinha debaixo do braço e a harpa na outra mão, João correu e o gigante foi atrás dele. João chegou primeiro ao tronco do pé de feijão e deslizou pelos ramos. Quando estava quase chegando ao chão, gritou para sua mãe, que o esperava: - Mamãe, vá buscar um machado, tem um gigante atrás de mim !
Com o machado, João cortou o tronco, que caiu com um estrondo. Foi o fim do gigante. E todas as manhãs, a galinha põe ovos de ouro e a harpa toca para João e sua mãe, que viveram felizes para sempre e nunca mais sentiram fome.
A cigarra e a formiga

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou: 
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!
 
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.
 
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.
 
Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.
 

A cigarra então aconselhou: 
- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar! 
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga. 
Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa. 
A rainha das formigas falou então para a cigarra: 
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio. 
A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou: 
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida! 
Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga. 
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio. 
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa. 
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra: - No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós.
Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.  
 Avental de historia Cachinhos de Ouro e  os três ursos


Era uma vez, uma família de ursinhos; o Pai Urso, a Mãe Urso e o Pequeno Urso. Os três moravam numa bela casinha, bem no meio da floresta.
O Papai Urso, o maior dos três, era também o mais forte, muito corajoso e tinha uma voz bem grossa. A Mamãe Urso era um pouco menor, era gentil e delicada e tinha uma voz meiga. O Pequeno Urso era o menorzinho, muito curioso e sua voz era fininha.
Certa manhã, ao se levantarem, Mamãe Urso fez um delicioso mingau, como era de costume. Porém, o mingau estava muito quente.
Sendo assim, mamãe Urso propôs que fossem dar uma voltinha junta pela floresta, enquanto o mingau esfriava.
E assim fizeram. Mamãe Urso deixou o mingau em suas tigelinhas, esfriando em cima da mesa e os três ursos saíram pela floresta.
Enquanto eles estavam fora, apareceu por ali uma menina de cabelos loiros cacheados, era conhecida como Cachinhos Dourados. Ela morava do outro lado da floresta, num vilarejo, e tinha o mau hábito de sair de casa sem avisar seus pais.
Quando se aproximou da casinha dos ursos, já muito cansada de tanto andar, resolveu bater na porta.
Bateu, bateu, mas ninguém respondeu.
Assim, ao perceber que a porta estava apenas encostada, resolveu entrar.
Ao entrar, se deparou com uma mesa forrada com uma bela toalha xadrez e em cima da mesa havia três tigelinhas de mingau.
Como estava com muita fome, e não viu ninguém na casa, resolveu provar a iguaria.
Provou, então, o mingau da tigela maior, mas achou-o muito quente.
Provou o da tigela do meio e achou-o muito frio.
Provou o mingau da tigelinha menor e achou-o delicioso, não resistiu e comeu-o todo.
Após comer o mingau, Cachinhos Dourados foi em direção à sala. Lá encontrou três cadeiras, como estava muito cansada, resolveu sentar-se.
Achou a primeira cadeira muito grande e levantou-se a seguir.
Sentou-se, então, na cadeira do meio, mas achou-a desconfortável e ainda grande demais.
Sentou-se na cadeirinha menor e achou-a muito confortável e num bom tamanho. Porém, sentou-se tão desajeitadamente que a quebrou.
Ainda cansada, Cachinhos Dourados resolveu subir às escadas.
Encontrou um quarto com três caminhas, uma grande, uma média e uma pequena.
Tentou deitar-se na cama maior, mas achou-a muito dura. Deitou-se na do meio e achou-a macia demais. Deitou-se na menor e achou-a muito boa. Estava tão cansada que não resistiu e acabou pegando no sono.
Enquanto ela dormia, os ursinhos voltaram do passeio. Foram logo à cozinha para tomar o mingau, que era o café da manhã. Estranharam a porta aberta, e logo perceberam que alguém havia estado ali.
__Alguém mexeu no meu mingau! - rosnou o Papai Urso.
__Alguém comeu do meu mingau! – disse brava a Mamãe Urso.
__ Alguém comeu todo o meu mingau! –gritou o Pequeno Urso.
Os três ursos se dirigiram para a sala. Papai Urso olhou para sua cadeira e exclamou:
__ Alguém sentou na minha cadeira!
Mamãe Urso, com sua voz, já não tão meiga, reclamou:
__ Alguém também sentou na minha cadeira!
O Pequeno Urso, chorando, queixou-se:
__ Alguém quebrou a minha cadeirinha!
Os três subiram as escadas, e foram em direção ao quarto.
Papai Urso olhou para sua cama e perguntou:
__ Quem deitou na minha cama?
Mamãe Urso olhou para sua cama e disse:
__Alguém esteve deitado na minha cama e deixou-a bagunçada!
O Pequeno Urso, muito bravo, gritou:
__Alguém está deitado na minha caminha!
Cachinhos Dourados acordou com o grito de Pequeno Urso.
Ficou muito assustada ao ver os três ursos bravos olhando para ela.
Seu susto foi tão grande que em um só pulo saiu da cama e já estava descendo as escadas. Mal deu tempo para que os ursos piscassem os olhos. Num segundo pulo, Cachinhos Dourados pulou a janela e saiu correndo pela floresta, rápida como o pensamento.
Depois desse enorme susto a menina aprendeu a lição, nunca mais fugiu de casa, muito menos entrou em casa de ninguém sem ser convidada. 

 Avental de história

Branca de Neve e os sete anões


Adaptado do conto dos Irmãos Grimm

Há muito tempo, num reino distante, viviam
um rei, uma rainha e sua filhinha, a princesa Branca de Neve. Sua
pele era branca como a neve, os lábios vermelhos como o sangue e
os cabelos pretos como o ébano.
Um dia, a rainha ficou muito doente e morreu. O rei,
sentindo-se muito sozinho, casou-se novamente.
O que ninguém sabia é que a nova rainha era uma feiticeira
cruel, invejosa e muito vaidosa. Ela possuía um espelho mágico,
para o qual perguntava todos os dias:
— Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela
do que eu?
— És a mais bela de todas as mulheres, minha rainha!
— respondia ele.
Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita,
encantadora e meiga. Todos gostavam muito dela, exceto a rainha,
pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que
ela.
Depois que o rei morreu, a rainha obrigava a princesa a
vestir-se com trapos e a trabalhar na limpeza e na arrumação de
todo o castelo. Branca de Neve passava os dias lavando, passando e
esfregando, mas não reclamava. Era meiga, educada e amada por
todos.
Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao espelho:
— Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela
do que eu?
— Sim, minha rainha! Branca de Neve é agora a mais
bela!
A rainha ficou furiosa, pois queria ser a mais bela para
sempre. Imediatamente mandou chamar seu melhor caçador e ordenou
que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração numa caixa.
No dia seguinte, ele convidou a menina para um passeio na
floresta, mas não a matou.
— Princesa, — disse ele — a rainha ordenou
que eu a mate, mas não posso fazer isso. Eu a vi crescer e sempre
fui leal a seu pai.
— A rainha?! Mas, por quê? — perguntou a
princesa.
— Infelizmente não sei, mas não vou obedecer a rainha
dessa vez. Fuja, princesa, e por favor não volte ao castelo,
porque ela é capaz de matá-la!
Branca de Neve correu pela floresta muito assustada,
chorando, sem ter para onde ir.
O caçador matou uma gazela, colocou seu coração numa caixa e
levou para a rainha, que ficou bastante satisfeita, pensando que a
enteada estava morta.
Anoiteceu. Branca de Neve vagou pela floresta até encontrar
uma cabana. Era pequena e muito graciosa. Parecia habitada por
crianças, pois tudo ali era pequeno.
A casa estava muito desarrumada e suja, mas Branca de Neve
lavou a louça, as roupas e varreu a casa. No andar de cima da
casinha encontrou sete caminhas, uma ao lado da outra. A moça
estava tão cansada que juntou as caminhas, deitou-se e dormiu.
Os donos da cabana eram sete anõezinhos que, ao voltarem
para casa, se assustaram ao ver tudo arrumado e limpo.
Os sete homenzinhos subiram a escada e ficaram muito
espantados ao encontrar uma linda jovem dormindo em suas camas.
Branca de Neve acordou e contou sua história para os anões,
que logo se afeiçoaram a ela e a convidaram para morar com eles.
O tempo passou... Um dia, a rainha resolveu consultar
novamente seu espelho e descobriu que a princesa continuava viva.
Ficou furiosa. Fez uma poção venenosa, que colocou dentro de uma
maçã, e transformou-se numa velhinha maltrapilha.
— Uma mordida nesta maçã fará Branca de Neve dormir
para sempre — disse a bruxa.
No dia seguinte, os anões saíram para trabalhar e Branca de
Neve ficou sozinha.
Pouco depois, a velha maltrapilha chegou perto da janela da
cozinha. A princesa ofereceu-lhe um copo d’água e
conversou com ela.
— Muito obrigada! — falou a velhinha —
coma uma maçã... eu faço questão!
No mesmo instante em que mordeu a maçã, a princesa caiu
desmaiada no chão. Os anões, alertados pelos animais da floresta,
chegaram na cabana enquanto a rainha fugia. Na fuga, ela acabou
caindo num abismo e morreu.
Os anõezinhos encontraram Branca de Neve caída, como se
estivesse dormindo. Então colocaram-na num lindo caixão de
cristal, em uma clareira e ficaram vigiando noite e dia,
esperando que um dia ela acordasse.
Um certo dia, chegou até a clareira um príncipe do reino
vizinho e logo que viu Branca de Neve se apaixonou por ela. Ele pediu aos anões que o deixassem levar o corpo da princesa para seu castelo, e prometeu que velaria por ela.
Os anões concordaram e, quando foram erguer o caixão, este caiu, fazendo com que o pedaço de maçã que estava alojado na garganta de Branca de Neve saísse por sua boca, desfazendo o feitiço e acordando a princesa. Quando a moça viu o príncipe, se apaixonou por ele. Branca de Neve despediu-se dos sete anões e partiu junto com o príncipe para um castelo distante onde se
casaram e foram felizes para sempre.

Avental de história 
João e Maria

Era uma vez um menino chamado João e sua irmã Maria, que moravam em uma casa perto da floresta.
Um dia, sua mãe pediu que fossem buscar galhos secos para acender o fogo. Não pecisavam trazer muitos, apenas o bastante para acender a lareira.
- Não vão muito longe. Os galhos que temos aqui perto já servem, não vão se perder por aí...
- Pode deixar, mamãe, vamos voltar logo!
E lá se foram os dois procurar gravetos secos por ali, entre várias brincadeiras. Não queriam ir longe, mas estavam tão curiosos com a floresta que resolveram arriscar só um pouquinho.
Maria teve uma idéia genial: foi marcando todo o caminho, para saber por onde voltar: assim não iriam se perder. E bricaram à vontade.
Já estava querendo escurecer quando resolveram voltar. Maria foi logo procurando os pedacinhos de pão que deviam estar marcando o caminho, mas...
Os passarinhos que moravam ali estavam achando ótimo aquele lanchinho, e não deixaram nem um miolinho de pão sobrar. Não havia como achar o caminho de volta para casa. A idéia de marcar o caminho tinha sido ótima, mas não com pedacinhos de pão.
- Agora estamos os dois com fome e perdidos!
Andaram de um lado para outro, mas nada de encontrar o caminho de casa, cada vez mais escuro.
A noite já tinha chegado, quando João teve uma boa idéia:
- Vou subir na árvore mais alta e ver se encontro alguma casa para passarmos a noite.
Maria achou ótimo, pois já estava muito assustada com os ruídos da noite na floresta. E João encontrou alguma coisa:
- Tem uma luz daquele lado! Vamos lá ver!
Os dois correram na direção da luz acesa da casa mais próxima.
Ao chegarem, viram uma velhinha que parecia muito boazinha e sorridente.
- Venham cá! Venham, meus amiguinhos. Aqui vão encontrar muita comida gostosa.
(os dois estavam morrendo de fome)
Então viram a casa de perto:
- Uuuuau!
As paredes eram de chocolate com castanhas, o telhado era de brigadeiro, as portas de biscoito fresquinho, as janelas de gelatina, tudo enfeitado com caramelo, sorvete e balas coloridas. Uhmmm!
- Comam tudo, meus amiguinhos, é para vocês. Depois podem descansar em camas fofinhas e bem quentinhas. Amanhã acharemos a casa de vocês.
E os dois obedeceram contentes, e acabaram dormindo cansados de um dia tão cheio.
Acordaram antes do sol nascer, pensando que estavam na maravilhosa casa de doces.
Mas, que nada:

A casa tinha desaparecido como se fosse mágica. Em seu lugar havia uma horrível casa de bruxa, com morcegos e tudo.
Uma gargalhada terrível vinha da escada, por onde chegou a bruxa malvada com sua coruja:
- Pensaram que iam escapar, não? Vão ficar presos aqui para sempre, e nunca mais vou deixar que voltem para casa. Ha! Ha! Ha!
A bruxa mandou Maria para a cozinha preparar comida para todos: agora ela era a empregada da casa. Tinha que fazer todo o serviço, se não...
Prendeu João numa gaiola e disse:
- Menino: trate de ficar bem gordinho! Quando estiver pronto, vai virar o meu jantar especial. Ha! Ha! Ha!
Maria foi a primeira a reparar que a bruxa malvada não enxergava bem. Tudo ela trazia bem perto dos olhos para ver direito.
Para saber se João estava engordando bem, toda noite chamava o menino e mandava que mostrasse o seu dedinho da mão. Apertava bem, e dizia que ainda estava muito magrinho.
- Maria! Faça mais comida! Ele tem que engordar. Depressa!
João, preso na gaiola já nem sentia fome, de tão triste que estava. Queria voltar a ser livre, correr solto com seus amigos e brinquedos. Lembrava bem como isso era bom.
Maria tentava encontar uma saída para os dois, enquanto fazia o serviço sem nenhum brinquedo. Tinha saudades de tudo em casa mas, como enganar a bruxa e fugir?
Foi na cozinha que teve uma idéia:
Colocou para assar no espeto uma galinha, escondendo um ossinho comprido e bem fininho.
Quando levou a comida para João, disse a ele bem baixinho, para a bruxa não escutar:
- Esconda este ossinho para fingir que é seu dedo bem magrinho e enganar a bruxa. Ela não enxerga quase nada...
- Quietos aí! Quem disse que podem conversar?
Desse dia em diante, João sempre mostrava o ossinho para a bruxa apertar quando ela queria saber se ele já estava bem gordinho.
- Maria! Esse menino está magro como um palito. Faça mais comida!
E Maria fazia muitas coisas para que os dois ficassem bem fortes para poder fugir.
Em toda parte, a menina procurava o lugar onde a bruxa escondia a chave da gaiola, mas não conseguia encontrar.
Tudo agora dependia da força de João para fugirem dali.
Naquela noite, João se esforçou muito, e acabou conseguindo soltar a grade da gaiola. Tinha ficado bem forte, e a bruxa nem sabia disso.
Os dois correram para se esconder na floresta antes que a bruxa acordasse.
Na luz do dia, conseguiram achar o caminho de casa, e nunca mais voltaram naquele lado da floresta.
Essa história ouvi de meu avô João, nas férias. Será que ele viveu todas essas aventuras quando era criança?



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